VÍDEO: igreja de Santa Maria passa a aceitar casamentos homoafetivos

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Foto: Renan Mattos (Diário)
Bispo Francisco de Assis da Silva está à frente da diocese

O 67º Concílio da Diocese Sul-Ocidental da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil - com sede em Santa Maria e que engloba parte da região da Campanha até o Oeste de Santa Catarina - aprovou, no último final de semana, o casamento igualitário entre duas pessoas, independente do gênero e da orientação sexual. No país, algumas dioceses já realizaram o concílio, como a de Porto Alegre, que celebrou a primeira união entre duas pessoas do mesmo sexo do Rio Grande do Sul no início deste ano. Essa é a primeira igreja de Santa Maria que aprova a mudança canônica a respeito do matrimônio.

A decisão já havia sido aprovada em junho de 2018 no Sínodo Geral, em Brasília. Depois disso, cada uma das nove dioceses brasileiras discutiu o tema.

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- Após um maduro debate, com ampla liberdade de expressão e um clima muito fraterno, decidimos, por larga maioria, que a partir de agora, as pessoas de mesmo sexo e de orientação sexual distinta da heteronormatividade poderão buscar o reconhecimento sacramental da igreja nas suas uniões - destaca o bispo Francisco de Assis da Silva, que há oito anos está à frente da diocese.

A decisão, garante o religioso, é de fundo pastoral, e não uma medida que visa o marketing. A Igreja Anglicana, inclusive, foi uma das primeiras que assumiu, deliberadamente, refletir sobre o assunto no país:

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Dentro da igreja, praticamente nada muda. Os requisitos são os mesmos de qualquer matrimônio, com uma variável: de que nenhum clérigo ou reverendo que apresente uma objeção em celebrar um casamento homoafetivo, faça de sua decisão uma barreira intransponível para os casais.

- A gente sabe que a sociedade brasileira é bem conservadora, mas estamos fazendo isso porque sentimos o chamado do evangelho a acolher as pessoas e fazer da igreja um ambiente que elas se sintam seguras - diz.

Por enquanto, nenhum casal procurou a diocese, que fica na Avenida Rio Branco, 880, no Centro, para celebrar a união igualitária. Mas, a partir de agora, as portas estão abertas a todos.